quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Governo exonera ministros para votação da denúncia contra Temer

O governo exonerou 10 dos 12 ministros que também são deputados e fazem parte do primeiro escalão do governo para que eles possam participar da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira (2). As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União.

Foram exonerados os seguintes ministros:
·                  Antonio Imbassahy (PSDB-BA), da Secretaria de Governo;
·                  Bruno Araújo (PSDB-PE), das Cidades;
·                  Fernando Coelho Filho (PSB-PE), de Minas e Energia;
·                  Leonardo Picciani (PMDB-RJ), do Esporte;
·                  Marx Beltrão (PMDB-AL), do Turismo;
·                  Maurício Quintella (PR-AL), dos Transportes;
·                  Mendonça Filho (DEM-PE), da Educação;
·                  Osmar Terra (PMDB-RS), do Desenvolvimento Social;
·                  Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho;
·                  Sarney Filho (PV-MA), do Meio Ambiente.
Não foram publicadas as exonerações dos ministros da Saúde, Ricardo Barros, e da Defesa, Raul Jungmann, que é suplente e está envolvido nas operações de segurança no Rio de Janeiro.
O objetivo é garantir mais votos a Temer para barrar a denúncia. Após a votação, eles reassumirão as cadeiras na Esplanada dos Ministérios.


chefe da Casa Civil confirmou a repórteres na terça-feira que 11 dos 12 ministros de Temer que estão licenciados do mandato de deputado federal irão retornar à Câmara nesta quarta para tentar barrar a denúncia. No entanto, o nome de Barros não aparece na lista do "Diário Oficial".
Padilha explicou à imprensa que Jungmann não seria exonerado temporariamente do governo para retornar à Câmara porque está no Rio "cumprindo uma missão especial”.
“O simbolismo da votação se reveste também da participação dos ministros no plenário, fazendo as conversas que normalmente se faz, e também exercitando o direito ao voto”, ressaltou o chefe da Casa Civil.

A denúncia

Temer foi denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria Geral da República. A acusação do procurador-geral Rodrigo Janot leva em conta os fatos descritos na delação dos donos e executivos da J&F – o grupo controla o frigorífico JBS.
A Câmara precisa autorizar o Supremo Tribunal Federal a avaliar a denúncia. Esta autorização depende dos votos de, ao menos, 342 dos 513 deputados. O governo articula para impedir a oposição de alcançar essa marca.
Nos cálculos do governo, a volta de ministros à Câmara tira, ao menos, três votos da oposição e resolve a dúvida sobre outros três indecisos. A estratégia serve também para que o Planalto demonstre unidade no plenário.

Reforma trabalhista

O presidente Michel recorreu ao mesmo expediente de exonerar ministros temporariamente para conseguir votos em abril. Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho Filho foram exonerados para votar a favor da reforma trabalhista.

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G1 Globo.com

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