Poucos
analistas do cenário político brasileiro perceberam uma das maiores
perversidades políticas orquestrada pelo novo Governo interino,
coordenado pelo senhor Michel Temer, contra a grande massa de
agricultores familiares brasileiros, e principalmente contra o processo
que vinha sendo construído na produção do desenvolvimento social e
econômico dos chamados Espaços Menos Densamente Povoados da nação
brasileira. Não foi um fato isolado que deve ser esquecido e colocado em
“brancas nuvens” essa maldade sem limites contra todos aqueles que são
de fato os maiores responsáveis por colocar o alimento nosso de cada dia
na mesa dos brasileiros.
Michel
Temer simplesmente numa atitude política tresloucada resolveu acabar de
vez com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, para colocá-lo como
uma simples Secretaria dentro de outro Ministério que nada tem a haver
com a questão agrária no Brasil. Simplesmente decidir como Chefe de
Estado “interino” que a Agricultura Familiar neste país não deve ser
tratada como especial, e suas políticas próprias de Estado não serem
mais coordenadas por uma estrutura político-administrativa própria, é
simplesmente entender que esse Governo interino nada mais é do que um
pseudogoverno golpista, desrespeitador, deselegante e sem compromisso
com a construção do desenvolvimento rural sustentável de nosso País.
Compromisso
apenas com o setor do agronegócio não é compromisso com o Brasil como
um todo. Compromisso apenas com o setor responsável com o agronegócio,
apenas com os grandes produtores de monoculturas de exportação é apenas o
sinal claro do compromisso apenas com parte dos brasileiros, ou seja,
com aqueles que produzem para os interesses particulares dos
estrangeiros. Acabar com um Ministério responsável pelas políticas para
os projetos de assentamentos rurais, para o desenvolvimento da
Agricultura de porte familiar, para o fortalecimento da organização da
produção com um todo, para a construção do desenvolvimento das
identidades territoriais no campo, é desrespeitar a maioria do povo
brasileiro.
Para
compreender melhor o que está acontecendo com esse disparate desse
Governo interino que parece que se alimenta apenas de produtos
enlatados, importados de países produtores de produtos transgênicos e
alimentos “químicos” literalmente nocivos à saúde humana, é preciso que
se diga que com fim desse Ministério provavelmente muitas de suas
Políticas Públicas estarão à deriva, e quem perderá não serão apenas os
agricultores familiares desse país imenso e rico, sustentado em sua
maioria pela própria Agricultura Familiar. Quem perderá mesmo é o
Brasil!
É
necessário uma resposta da sociedade brasileira à altura dessa maldade
cientificamente maquiavélica, de que a bondade será aos poucos e a
maldade de vez contra as populações menos desfavorecidas de nosso país. É
preciso uma resposta clara e política em todos os espaços de atuação,
principalmente dos Movimentos Sociais do campo, contra esse discurso
prático e ditador de quem que compara a Juscelino Kubitschek, demite até
mesmo garçom do Palácio do Planalto porque se parece com petista, e diz
nas entrelinhas que quem manda é ele, e somente ele, e seus interesses
neoliberais. É preciso reação urgente, porque esse golpe contra a
Agricultura Familiar não é simplesmente um golpe contra o fortalecimento
da Agricultura familiar em nosso país, é um golpe de fato contra o povo
brasileiro!
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Fonte: genaldo40.blogspot.com