Na luta por pontualidade no pagamento dos salários (o
prefeito Elio Martins atrasa desde agosto de 2015), condições dignas de
trabalho (nas escolas professores/as, demais funcionários/as e
estudantes estão expostos a vulnerabilidade), pagamento das férias de
janeiro (algo inédito iniciado nesta fatídica e caótica gestão) e por
alimentação escolar de qualidade (o município não respeita os filhos dos
pirambuenses), professores/as da rede municipal de ensino de Pirambu
iniciam nesta quarta-feira, 25, greve por tempo indeterminado, conforme
decisão soberana da Assembleia Geral da categoria realizada em 18 de
maio.
Num gesto autoritário, arbitrário, de quem tem de forma
recorrente desrespeitado o magistério e rasgado literalmente a lei, o
inimigo Numero 1 da educação, o prefeito Elio Martins (PSC) distribuiu
ontem, 24, nota em seu perfil no Facebook, afirmando que irá descontar
os dias paralisados, mesmo antes do início da greve. "A Prefeitura
Municipal de Pirambu lamenta a paralisação dos professores da rede
municipal de ensino anunciada pelo Sintese para o dia de amanhã, 25,
entendendo ser a mesma ilegal por não atender os requisitos básicos,
informando ao mesmo tempo que fará o desconto dos dias paralisados",
escreveu ele, sendo o conteúdo reproduzido em outras redes sociais. Como
vai descontar o que já não tem efetuado no mês trabalhado?
Em resposta a petulância do prefeito Elio Martins, os/as
professores/as, emitiram nota, lamentando "a postura da administração em
constranger essa categoria com suposta coação ao propagar em nota que
considera ilegal a greve (...), inclusive anunciando descontos de
salários", destaca.
A nota prossegue afirmando que "a greve segue os trâmites
da legalidade" e acrescenta dizendo que a categoria está "na luta por
direitos e por uma educação de qualidade, direito de todos os filhos de
Pirambu". Ao final, textualiza que "a administração já tem tanta certeza
da impunidade de seus atos, que antecipa a ilegalidade da greve antes
mesmo de seu início LEGAL", conclui.
A legitima e necessária greve dos/as professores/as se
inicia dentro de um arco de solidariedade, manifestado por lideranças
de organizações como o CEMARX/Pirambu, o Fórum do Poder Popular, a SOS
Rio Japaratuba, o GEPEPP, a Unidade Classista, e partidos com inserção
social como o PCB e o PT.
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por Claudomir Tavares, militante da Unidade Classista/SE.
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por Claudomir Tavares, militante da Unidade Classista/SE.