quarta-feira, 25 de maio de 2016

BRAÇOS CRUZADOS: Professores/as de Pirambu em greve por tempo indeterminado a partir de hoje

Na luta por pontualidade no pagamento dos salários (o prefeito Elio Martins atrasa desde agosto de 2015), condições dignas de trabalho (nas escolas professores/as, demais funcionários/as e estudantes estão expostos a vulnerabilidade), pagamento das férias de janeiro (algo inédito iniciado nesta fatídica e caótica gestão) e por alimentação escolar de qualidade (o município não respeita os filhos dos pirambuenses), professores/as da rede municipal de ensino de Pirambu iniciam nesta quarta-feira, 25, greve por tempo indeterminado, conforme decisão soberana da Assembleia Geral da categoria realizada em 18 de maio.

Num gesto autoritário,  arbitrário, de quem tem de forma recorrente desrespeitado o magistério e rasgado literalmente a lei, o inimigo Numero 1 da educação, o prefeito Elio Martins (PSC) distribuiu ontem, 24, nota em seu perfil no Facebook, afirmando que irá descontar os dias paralisados, mesmo antes do início da greve. "A Prefeitura Municipal de Pirambu lamenta a paralisação dos professores da rede municipal de ensino anunciada pelo Sintese para o dia de amanhã, 25, entendendo ser a mesma ilegal por não atender os requisitos básicos, informando ao mesmo tempo que fará o desconto dos dias paralisados", escreveu ele, sendo o conteúdo reproduzido em outras redes sociais. Como vai descontar o que já não tem efetuado no mês trabalhado?

Em resposta a petulância do prefeito Elio Martins, os/as professores/as, emitiram nota, lamentando "a postura da administração em constranger essa categoria com suposta coação  ao propagar em nota que considera ilegal a greve (...),  inclusive anunciando descontos de salários", destaca.

A nota prossegue afirmando que "a greve segue os trâmites da legalidade" e acrescenta dizendo que a categoria está "na luta por direitos e por uma educação de qualidade, direito de todos os filhos de Pirambu". Ao final, textualiza que "a administração já tem tanta certeza da impunidade de seus atos, que antecipa a ilegalidade da greve antes mesmo de seu início LEGAL", conclui.

A legitima e necessária greve dos/as professores/as se inicia dentro de um arco de solidariedade,  manifestado por lideranças de organizações como o CEMARX/Pirambu, o Fórum do Poder Popular, a SOS Rio Japaratuba, o GEPEPP, a Unidade Classista, e partidos com inserção social como o PCB e o PT.
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por Claudomir Tavares, militante da Unidade Classista/SE.

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