Afirma-se que Arthur Bispo foi um morador de Japaratuba por volta da década de 30, ele tornou-se um marinheiro e foi transferido a trabalhar no estado do Rio de Janeiro. Lá ele teve seu primeiro surto de iscrisofenia e foi internado como louco, pois, afirmava que era o cristo, o enviado de Deus para salvar a humanidade.
No Hospital, ele logo se intitulou como xerife e passou a bater nos outros internos. Devido a essa atitude, foi isolado em uma solitária, onde permaneceu por meio seculo. Durante esse período, não fazia outra coisa a não ser dedicar a vida á arte, ele começava a bordar o manto que seria sua obra mais conhecida” O manto da apresentação”, nesta obra, tinha nome de mulheres e homens que ele iria apresentar á Deus no dia do juízo final.
Para ele suas obras eram o desejo de Deus, outros consideravam que suas obras eram traços da loucura, mas para o critico de Arte Frederico de Moraes, ali era a mais pura e genuína arte. Arthur produziu esculturas de madeiras, mantos, toalhas. Quando quiseram em vida publicar suas obras de arte, ele disse: Não faço isso para os homens, mas para Deus.
Considerado como indigente, no documento obituário o qual não constava nenhuma informação sobre seus pais, nem cidade de origem e nem bens materiais algum, Arthur Bispo hoje é considerado o cidadão mais ilustre de Japartuba, entretanto, poucos Sergipanos conhecem sua historia
Na década de 90 a escola de Samba Porto da Pedra fez uma homenagem á Arthur com o tema “A loucura”, em 95 o Brasil participou da Bienal em Veneza com a exposição de suas obras. Não se sabe ao certo onde ele morava em Japaratuba, sua árvore genealógica até hoje não foi descoberta. NINGUÉM sabe quem são seus parentes na cidade onde morava, e o mais incrível é que não existe estudos sobre isso. Sua origem ainda é uma incógnita.
70 anos após sua morte, o Bispo volta a cidade natal, porém, na condição de restos mortais. Na saída da cidade , sua estatua foi posta em homenagem á sua memoria.
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FATO CURIOSO:
Em meados de 2016, um relato sobre uma possível Tia de Arthur Bispo, conta que na década de 30 sumiu da casa da sua irmã, uma criança de 03 anos. A criança, se chamava Antonio , e morava na cidade de Riachuelo. Era um"moleque" negro e tinha problemas mentais. A suposta tia relata que nunca mais encontraram a criança. Afirma-se que a criança havia saído de casa, e talvez tenha caminhado a região do Leste Sergipano até chegar a cidade de Japaratuba.
O curioso nisso tudo, é que talvez a suposta Tia de Bispo não esteja de fato mentindo, já que, até a presente data, não se sabe quem é a árvore genealógica do Bispo na cidade de Japaratuba. Verdade ou mentira, Japaratuba ficou conhecida como berço da história de Arthur Bispo do Rosário.
POR: JF Comunicação, com informações do Museu Arthur Bispo do Rosário/Japaratuba-Sergipe
Contato: jessica.ufs11@hotmail.com
