A Escola Municipal Odete Pereira de Santana (fotos),
localizada no povoado Marimbondo, distante 15 km da sede do município
de Pirambu, é um patrimônio educacional da mais alta relevância e
importância cultural.
Símbolo da arquitetura dos anos 70 do século XX, seu nome é
uma homenagem a saudosa professora que nasceu, residiu e proporcionou
lições a diversas gerações naquela comunidade.
Ao longo das últimas décadas passou por reformas e
ampliações para atender as transformações e necessidades dos que lá
trabalham, fazem uso ou são parte dela.
Em 2013 a administração municipal alegava estar com os
cofres públicos abarrotados de recursos, mas faltava dotação
orçamentária, pois por birra política a Câmara de Vereadores presidida
pelo então aliado e extensão do ex-prefeito José Nilton (2009/2012), o
vereador Juarez de Deus (ambos do PMDB) havia concedido no apagar das
luzes de 2012 apenas 10% de capacidade de remanejamento de receitas ao
novo gestor que fora empossado para o período 2013-2016, o que
"generosamente" foi ampliado depois de muita "pressão" do prefeito Elio
Martins (PSC) para 80% - numa operação cheia de dúvidas ainda hoje não
esclarecidas.
Esperava-se que o gestor não estivesse blefando e
promoveria a partir de 2014 as transformações e realizações anunciadas
em sua campanha eleitoral, mas o que se viu nestes três anos e meio foi a
cidade e povoados crescerem como "rabo-de-cavalo" e a comunidade do
Maribondo amargou a ausência de serviços e desasiatencia da
administração municipal.
É nesse particular, a Escola Odete Pereira de Santana tem
sido um exemplo sintomático do abandono e descaso, expondo estudantes,
professores e funcionários a insegurança.
Mesmo residindo parcialmente no povoado e sendo a
secretaria adjunta da Educação, a professora Vânia Almeida,
pré-candidato a vereadora em 2016, não se sensibilizou diante do clamor
daquela comunidade e o reflexo é a situação que se depara a estratégica
unidade educacional, que ainda reside em função do compromisso dos
profissionais que a carregam literalmente nas costas.
Quando se imaginava que já havíamos visto de tudo quanto é
pior, o mandato de Elio Martins - que não disputará a reeleição em função
de sua inelegibilidade - está entrando para a história política de
Pirambu como o menos producente ao longo de 53 anos de emancipação e 51
de vida política.
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por Claudomir Tavares (47), ex-professor de História na EM Odete Pereira de Santana
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por Claudomir Tavares (47), ex-professor de História na EM Odete Pereira de Santana