Os partidos políticos com direções devidamente habilitadas
realizaram suas convenções até o prazo limite fixado no calendário
(20/07 a 05/08) para as eleições municipais de 2 de outubro de 2016. A
Tribuna da Praia e a Voz do São Francisco, jornal e portal da Rede
Popular de Comunicação Alternativa (RPCA), fazem a partir da postagem
semanal dessa coluna, um balanço inicial com os prognósticos fincados
nas candidaturas majoritárias aprovadas, coligações celebradas, os
cenários postados e o teatro das operações políticas inevitáveis.
ELEIÇÕES JUDICIALIZADAS
Com duas das quatro candidaturas no "estaleiro" da Ficha
Suja, as eleições em Japaratuba, serão inevitavelmente judicializadas,
pois não há dúvidas de que o Juiz da Comarca, Rinaldo Salvino do
Nascimento pedirá a impugnação da ex-prefeita Lara Moura (PSC) e do
ex-prefeito de Capela Manuel Sukita (PTN), a primeira pelos seus
pecados enquanto secretária em Pirambu (1997/2004) e o segundo enquanto
prefeito de Capela (2005/2012).
CONTAS REJEITADAS
Por seu turno, o prefeito Hélio Sobral (PMDB) tem contas
apontadas como irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e aí
depende da interpretação que a Justiça Eleitoral dará a questão, pois o
TCE é um órgão auxiliar do Poder Legislativo, não sendo suas decisões
condenatórias. Aí teria que validar uma decisão da Câmara de Japaratuba,
que foi considerada viciada e logo anulada.
POLARIZAÇÃO
Das quatro candidaturas habilitadas, pelo menos neste
momento: Hélio Sobral (PMDB) e Lurdinha Moura (PSB); Lara Moura (PSC) e
Dogival Monteiro (PHS), Manuel Sukita e Rui Brandão (PTN) e Manuel
Pedreiro e Vado Artes (PSOL), duas devem polarizar a disputa a partir de
10 a 15 de setembro; quando o cenário começa a se desenhar, mas na
última semana que antecede a onda da eleição, vence quem não tiver um
ex-prefeito para impedir a vitória nos 5 últimos km da maratona. Se me
entendem.
LARA SEM MOURA
A ex-prefeita Lara Adriana Veiga Barreto Ferreira nunca
carregou o sobrenome Moura, mas fez uso do mesmo nas disputas eleitorais
de 2004 e 2008, assim como o faz seu esposo André Luiz Dantas Ferreira
desde 1996, também sem o carregar como sobrenome. Mas tentando se
descencilhar do rótulo que não agrega votos, se apresentará apenas como
LARA.
SEM CHANCES
Para quem pensa que os nomes serão mantidos na urna mesmo
com a substituição, como foi assim em Pirambu (2004) e São Cristóvão
(2012), não contém com isso. Os pedidos de impugnação devem ser julgados
pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até por volta de 20 de setembro.
NOVA INTERPRETAÇÃO
Partidários da ex-prefeita Lara Moura tem uma interpretação
diferente de seus adversários. Segundo eles, ela ainda não é
considerada Ficha Suja, pois não foi julgada pelo Plenário do Tribunal
de Justiça, e sim por uma das turmas. Assim, caberia recurso ainda no
TJSE, podendo aquela decisão ser reformulada. Há outras interpretações
mas não as incluiremos nesta análise inicial.
CHEQUE MATE DO DEM
O DEM, presidido em Propriá pelo ex-prefeito de Telha, José
João Nascimento e tendo na ex-prefeita Dona Menininha sua mais
expressiva liderança decidiu dus semanas antes do final do prazo final
para a realização das você coeso, que seu então pré-candidato não
disputaria a eleição, mas que se posicionará nos dias que se seguiriam. E
foi na manhã de 31 de julho que reunidos, a ex-prefeita e seus filhos
ex-prefeitos Luciano Nascimento e Zé João convidaram e declararam apoio
ao radialista e advogado Paulo Dantas, homologado candidato a prefeito
em 4 de agosto.
UNIDOS POR PROPRIÁ
A candidatura de Paulo Dantas despertou o apoio do prefeito
José Américo (PSC), QUE indicou sua vice-prefeita, Ninha da Feira
(PSDB) para a reeleição. Quatro anos antes ela foi indicada pelos
Nascimentos para integrar a chapa de Américo. A coligação "Unidos por
Amor a Propriá" que tem Paulo Dantas para prefeito e e Ninha da Feira
para vice prefeita, é integrada Para 11 partidos e um chapão de 22
candidatas proporcionais, sendo 15 de seco masculino e 7 do seco
feminino, os quais disputa as onze vagas de vereadores podendo eleger
até 5.
CONSENSO OCO
Em busca de um consenso, as lideranças de oposição bateram
cabe a e entre bolas na trave e gols contra, lançaram o médico Valberto
Lima (SD) e Fernandinho Britto (PDT), atraindo o apoio da ex
vereadora Lúcia de Vado (PHS) e o indeciso PT, além do PMDB que vai mas
não leva o coração. Os eleitores fiéis ao ex-prefeito Renatinho Brandão
não engoliram a humilhação a ele imposta nesta arrumação.
DESISTÊNCIAS
No processo de arrumação pré e pós convenção, algumas
dissidências foram registradas, algumas previsíveis, outras
surpreendentes. Inicialmente o policial e músico Isaías Silva (PSOL),
que anunciou apenas um adiamento. Depois Lúcia de Vado (PHS) que deixou a
condição de pré-candidata a prefeita e deverá concorrer a Câmara de
Vereadores. Depois Paulinho Campos (PMDB) que mesmo do partido do
governador Jackson Barreto, deverá retornar à diretoria do Hospital
Regional de Propriá. Orlando do Tênis (PSB) abre em favor de Yokanaan
Santana. E hoje o Rômulo Fotógrafo, que disputaria uma vaga de vereador
pelo PSD.
YOKANAAN SANTANA
Quando todos achavam que os times já estavam definidos,
eis que da união selada entre o PSB e o PPS, surge a candidatura de
Yokanaan Santana e de Hélio Gomes, duas figuras bastante queridas dos
propriaense e que já arrasta quem havia se manifestado frustrado com a
insípida chapa liderada pelo Solidariedade, partido da constelação dos
irmãos Amorim. Membro do Centro de Cultura de Propriá e da Academia
Propriaense de Letras, Yokanaan já seria hoje a segunda força
eleitoral, devendo ser ele (e não Valberto) quem polarizar mais a frente
com o candidato do DEM.
PIRAMBU LIVRE
O ex-prefeito José Nilton (PMDB) teve confirmado o que já
prevíamos há 9 meses e se consolidou como candidato único da oposição,
reunindo em torno de si um arco de alianças composto por doze partidos e
duas chapas proporcionais. Tenho como tema "Pirambu livre para todos", a
coligação liderada por Zé Niltom tem seu ex-adversário Vado de Gago
(PROS) como vice e manteve no bloco os ex-prefeitos Marcos e Sílvia
(PSB) e Juarez Batista (SD), os 3x-pré-candidafos Elder Muniz (PT) e
Roseane Patrício (PSD), além de atriz a Rede Solidariedade.
MAIOR ALIANÇA ELEITORAL
A coligação liderada por Zé Nilton não é programática
muito, menos Polirica, ela é eleitoral e assim tem estatura e
musculatura para vencer a eleição. Se esse grupo estivesse unido há
quatro anos atrás não teríamos Elio Martins (PSC) na prefeitura
disputando a reeleição. E além do PMDB, do PROS, do PSB, do SD, da
REDE, do PSD, a aliança que já é a maior da história política de Pirambu
inclui também o PDT, o PCdoB, o PT, o PPS, o PRP, PTdoB
NO RUMO CERTO
Candidatos a reeleição, Elio Martins (PSC) e Guilherme
(PR), conseguiu manter que na eleição passada elegeu Penas um dos nove
vereadores, atraiu por "ideologia" 5 dos 8 que lhe faziam oposição -
apenas Acácia Cruz, Geilza Silva (PMDB) e Badonho (PROS) permaneceram
na oposição. Mas não conseguiram montar chapas de forte coeficiente
eleitoral. Integram o bloco o PSC, PR, DEM, PRB e outros satélites.
ALTERNATIVA
De todas as dez pré-candidaturas que se insinuava desde o
final do ano passado, fora das precisiveis: Elio Martins (PSC) e Zé
Nilton (PMDB), apenas Mirza Prado (PPL) manteve o nome, não antes ter
acreditado no fogo de ensaio chamado Marcos Cruz (PSB), que não levou a
frente o projeto de voltar a disputar a prefeitura. Mirza (PPL), que é
médica veterinária e advogada, terá como vice o médico Mario Pisceta
(PTB), não apresentando chapa competitiva para vereadores.
MENSAGEM:
- Lulu Santos.
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por Claudomir Tavares (48), professor da rede municipal de ensino em Pirambu e estadual em Propriá. Escreve aos domingo neste espaço
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por Claudomir Tavares (48), professor da rede municipal de ensino em Pirambu e estadual em Propriá. Escreve aos domingo neste espaço