Silvia Cruz |
Em 1982 o odontólogo (ele não é doutor) Marcos Lopes Cruz
se elegeu prefeito de Pirambu pelo PDS (seu pai, Mário Trindade Cruz foi
prefeito de Japaratuba e seu irmão Juarez Lopes Cruz de Pirambu pela
UDN - que viraria ARENA e depois PDS). Administrou Pirambu com não de
ferro perseguindo impiedosamente seus adversários.
Seis anos depois, já no PFL (que reunia as piores
referências do PDS), rompeu o acordo firmado com Carlos Amaral (PFL)
vereador mais votado em 1982 e seu fiel escudeiro e decide importar
César Rocha lannçnndo-o candidato a prefeito com a condição deste lhe
retibuir quatro anos depois.
Para derrotar o agora
dissidente Carlos Amaral que fora para o PSB de Valadares em 1987 e depois em 1988 para o PL do advogado João Fontes; então presidente da ENERGIPE (satélite de Valadares), Marcos cooptou seu ex adversário Nelson Vieira (ex-PMDB) lançando o vice-prefeito (Nelson retornou para o PMDB em 1991).
Em 1992, César Rocha retribui o apoio e depois de uma
gestão desastrosa (construiu dois quebra-molas na cidade e não acentou
um paralepipedo nos povoados), apoiou Sílvia Cruz, esposa de Marcos para
prefeito de Pirambu. Na gestão de César, Marcos era Secretsrio de
Obras e Sílvia de Saúde (apenas isso). César indicou o vereador Evsldo
de Carvalho, o Gago, para vice-prefeito.
Sílvia havia se comprometido com César Rocha e Gago em
apoiar o vice para sucedê-la, mas assim como não honrou o compromisso
com Carlinhos Amaral em 1988, o fez igual com Gago em 1996, apoiando o
filho do deputsdo estadual Reinaldo Moura (PFL); André "Moura" para
prefeito, com as bênçãos do economista José Nilton (PSDB) que foi um dos
signatários desse acórdão das elites.
Mas André Moura não devolveu a chance dos Cruz retornou ao
comando do município e disputou a reeleição, impondo a Marcos (já no PSB
de Valadares), agora seu adversário, a segunda maior derrota
proporcional do pais em 2000 - com o apoio dos Gagos, que fizeram acordo
para receber salários atrasados.
Ambientado na oposição, Marcos disputou a Câmara de
Vereadores em 2004 e assiste a derrota de Zé Nilton (substituído por
Vado de Gago) para Elinho Martins (substituído por Juarez Batista).
O vereador Marcos consolida sua opção pelo poder econômico e
recusa ser candidato a vice-prefeito de um filho de pescador,
preferindo ser do "doutor" em 2008. Mas por pirraça e para facilitar o
retorno dos Mouras ao poder estimulam e apostam na aventura de Vado em
2012 e assiste seu ex-aliado Nilton perder o comando da administração.
Elinho é eternamente grato aos Gagos e aos Cruzes pela sua vitória
naquela eleição.
Estamos em 2016 e 34 anos depois da ascenção e débacle, os
Cruzes ainda tentam se manter em evidência, ensaiaram candidatura a
prefeito de um ou de outro, mas ainda não decidiram para que lado irão
cair...SE ME ENTENDEM!
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por Claudomir Tavares (48), professor da rede pública municipal e estadual
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por Claudomir Tavares (48), professor da rede pública municipal e estadual