Até 2011 Pirambu comemorava o 8 de agosto como sendo a data
de sua emancipação política. Foram necessários muita insistência de
nossa parte e e de posse da farta documentação para convencer a
administração municipal (luta iniciada desde o ano 2001) a fazer a
revisão histórica, e a luz da Lei n° 1.234 de 26 de novembro de 1963,
desde então é nesta data que celebramos a independência política de
Japaratuba da qual pertencíamos desde 24 de agosto de 1947.
O 8 de agosto está associada as etapas de instalação do
município de Pirambu que se deu em 1965, quando tivemos empossados os
primeiros prefeito, vice-prefeito e vereadores (SILVA, Claudomir
Tavares. História de Pirambu. Pirambu: Tribuna da Praia, 2004), e sendo
assim, propomos para essa data que atribuamos a ele o Dia do
Pirambuense, preservando-a não como mais um feriado, mas um marco a ser
discutido em escolas, universo cultural e pela sociedade pirambuense.
Assim, de forma simbólica, ele será o tema central das
aulas de Sociedade & Cultura ao longo desta semana na Escola
Municipal Mario Trindade Cruz, na sede do município. Seria uma
semelhança ao tratamento dado ao 24 de outubro que antes era celebrado
como a Emancipação Politica de Sergipe, até ser consolidado o 8 de
agosto; data em que Dom João VI assinou o Decreto que tornava Sergipe
independente da Bahia. Mas não abortamos o 24 de outubro do Calendário
Cultural de nosso estado, dedicando a ele o "Dia da Sergipanidade",
tendo a historiadora Maria Thétis Nunes produzido valioso ártigo
exaltando esse atributo.
No nosso entendimento, pirambuense não é necessariamente
aquele aqui nascido ou honorificamente reconhecido pela Câmara de
Vereadores, mas todos e todas que assim se identifiquem, sejam vindos
do Porto Grande ou do Canal de São Sebastião (Bara dos Coqueiros), de
Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte ou de qualquer rincão do Brasil - e do Mundo.
Nesta data, sejamos todos e todas pirambuense.
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por Claudomir Tavares (48), licenciado em História pela UFS, professor de Sociedade & Cultura da Escola Municipal Mario Trindade Cruz, membro do GEPEPP e do CEMARX.
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por Claudomir Tavares (48), licenciado em História pela UFS, professor de Sociedade & Cultura da Escola Municipal Mario Trindade Cruz, membro do GEPEPP e do CEMARX.