domingo, 7 de agosto de 2016

FIQUE DE OLHO: Definidas candidaturas e arcos de alianças para as eleições municipais

Uma leitura inicial a luz das chapas majoritárias em Japaratuba, Propriá e Pirambu

Os partidos políticos com direções devidamente habilitadas realizaram suas convenções até o prazo limite fixado no calendário (20/07 a 05/08) para as eleições municipais de 2 de outubro de 2016. A Tribuna da Praia e a Voz do São Francisco, jornal e portal da Rede Popular de Comunicação Alternativa  (RPCA), fazem a partir da postagem semanal dessa coluna, um balanço inicial com os prognósticos fincados nas candidaturas majoritárias aprovadas,  coligações celebradas, os cenários postados e o teatro das operações políticas inevitáveis.

ELEIÇÕES JUDICIALIZADAS

Com duas das quatro candidaturas no "estaleiro" da Ficha Suja,  as eleições em Japaratuba, serão inevitavelmente judicializadas, pois não há dúvidas de que o Juiz da Comarca, Rinaldo Salvino do Nascimento pedirá a impugnação da ex-prefeita Lara Moura  (PSC) e do ex-prefeito de Capela Manuel Sukita  (PTN), a primeira pelos seus pecados enquanto secretária em Pirambu (1997/2004) e o segundo enquanto prefeito de Capela (2005/2012).

CONTAS REJEITADAS

Por seu turno, o prefeito Hélio Sobral (PMDB) tem contas apontadas como irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e aí depende da interpretação que a Justiça Eleitoral dará a questão,  pois o TCE é um órgão auxiliar do Poder Legislativo,  não sendo suas decisões condenatórias. Aí teria que validar uma decisão da Câmara de Japaratuba, que foi considerada viciada e logo anulada.

POLARIZAÇÃO

Das quatro candidaturas habilitadas,  pelo menos neste momento: Hélio Sobral (PMDB) e Lurdinha Moura  (PSB); Lara Moura (PSC) e Dogival Monteiro (PHS), Manuel Sukita e Rui Brandão  (PTN) e Manuel Pedreiro e Vado Artes (PSOL), duas devem polarizar a disputa a partir de 10 a 15 de setembro; quando o cenário começa a se desenhar, mas na última semana que antecede a onda da eleição,  vence quem não tiver um ex-prefeito para impedir a vitória nos 5 últimos km da maratona. Se me entendem.

LARA SEM MOURA

A ex-prefeita Lara Adriana Veiga Barreto Ferreira nunca carregou o sobrenome Moura, mas fez uso do mesmo nas disputas eleitorais de 2004 e 2008, assim como o faz seu esposo André Luiz Dantas Ferreira desde 1996, também sem o carregar como sobrenome. Mas tentando se descencilhar do rótulo que não agrega votos, se apresentará apenas como LARA.

SEM CHANCES

Para quem pensa que os nomes serão mantidos na urna mesmo com a substituição, como foi assim em Pirambu  (2004) e São Cristóvão  (2012), não contém com isso. Os pedidos de impugnação devem ser julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até por volta de 20 de setembro.

NOVA INTERPRETAÇÃO

Partidários da ex-prefeita Lara Moura tem uma interpretação diferente de seus adversários. Segundo eles, ela ainda não é considerada Ficha Suja, pois não foi julgada pelo Plenário do Tribunal de Justiça, e sim por uma das turmas.  Assim, caberia recurso ainda no TJSE, podendo aquela decisão ser reformulada.  Há outras interpretações mas não as incluiremos nesta análise inicial.

CHEQUE MATE DO DEM

O DEM, presidido em Propriá pelo ex-prefeito de Telha, José João Nascimento e tendo na ex-prefeita Dona Menininha sua mais expressiva liderança decidiu dus semanas antes do final do prazo final para a realização das você coeso, que seu então pré-candidato não disputaria a eleição, mas que se posicionará nos dias que se seguiriam. E foi na manhã de 31 de julho que reunidos, a ex-prefeita e seus filhos ex-prefeitos Luciano Nascimento e Zé João convidaram e declararam apoio ao radialista e advogado Paulo Dantas, homologado candidato a prefeito em 4 de agosto.

UNIDOS POR PROPRIÁ

A candidatura de Paulo Dantas despertou o apoio do prefeito José Américo (PSC), QUE indicou sua vice-prefeita,  Ninha da Feira  (PSDB) para a reeleição.  Quatro anos antes ela foi indicada pelos Nascimentos para integrar a chapa de Américo.  A coligação "Unidos por Amor a Propriá" que tem Paulo Dantas para prefeito e e Ninha da Feira para vice prefeita, é integrada Para 11 partidos e um chapão de 22 candidatas proporcionais, sendo 15 de seco masculino e 7 do seco feminino, os quais disputa as onze vagas de vereadores  podendo eleger até 5.

CONSENSO OCO

Em busca de um consenso, as lideranças de oposição bateram cabe a e entre bolas na trave e gols contra,  lançaram o médico Valberto Lima  (SD) e Fernandinho Britto  (PDT), atraindo o apoio da ex vereadora Lúcia de Vado (PHS) e o indeciso PT, além do PMDB que vai mas não leva o coração. Os eleitores fiéis ao ex-prefeito Renatinho Brandão não engoliram a humilhação a ele imposta nesta arrumação.

DESISTÊNCIAS

No processo de arrumação pré e pós convenção, algumas dissidências foram registradas,  algumas previsíveis,  outras surpreendentes.  Inicialmente o policial e músico Isaías Silva (PSOL), que anunciou apenas um adiamento. Depois Lúcia de Vado (PHS) que deixou a condição de pré-candidata a prefeita e deverá concorrer a Câmara de Vereadores. Depois Paulinho Campos (PMDB) que mesmo do partido do governador Jackson Barreto, deverá retornar à diretoria do Hospital Regional de Propriá. Orlando do Tênis (PSB) abre em favor de Yokanaan Santana. E hoje o Rômulo Fotógrafo, que disputaria uma vaga de vereador pelo PSD.

YOKANAAN SANTANA

Quando todos achavam que os times já estavam definidos,  eis que da união selada entre o PSB e o PPS, surge a candidatura de Yokanaan Santana e de Hélio Gomes, duas figuras bastante queridas dos propriaense e que já arrasta quem havia se manifestado frustrado com a insípida chapa liderada pelo Solidariedade, partido da constelação dos irmãos Amorim. Membro do Centro de Cultura de Propriá e da Academia Propriaense de Letras, Yokanaan já  seria hoje a segunda força eleitoral, devendo ser ele (e não Valberto) quem polarizar mais a frente com o candidato do DEM.

PIRAMBU LIVRE 

O ex-prefeito José Nilton (PMDB) teve confirmado o que já prevíamos há 9 meses e se consolidou como candidato único da oposição,  reunindo em torno de si um arco de alianças composto por doze partidos e duas chapas proporcionais. Tenho como tema "Pirambu livre para todos", a coligação liderada por Zé Niltom tem seu ex-adversário Vado de Gago (PROS) como vice e manteve no bloco os ex-prefeitos Marcos e Sílvia  (PSB) e Juarez Batista  (SD), os 3x-pré-candidafos Elder Muniz  (PT) e Roseane Patrício  (PSD), além de atriz a Rede Solidariedade.

MAIOR ALIANÇA ELEITORAL 

A coligação liderada por Zé Nilton não é programática muito, menos Polirica,  ela é eleitoral e assim tem estatura e musculatura para vencer a eleição. Se esse grupo estivesse unido há quatro anos atrás não teríamos Elio Martins (PSC) na prefeitura disputando a reeleição.  E além do PMDB, do PROS, do PSB, do SD, da REDE, do PSD, a aliança que já é a maior da história política de Pirambu inclui também o PDT,  o PCdoB, o PT, o PPS, o PRP, PTdoB

NO RUMO CERTO

Candidatos a reeleição,  Elio Martins (PSC) e Guilherme (PR), conseguiu manter que na eleição passada elegeu Penas um dos nove vereadores,  atraiu por "ideologia" 5 dos 8 que lhe faziam oposição - apenas Acácia Cruz, Geilza Silva  (PMDB) e Badonho (PROS) permaneceram na oposição.  Mas não conseguiram montar chapas de forte coeficiente eleitoral.  Integram o bloco o PSC, PR, DEM, PRB e outros satélites.

ALTERNATIVA

De todas as dez pré-candidaturas que se insinuava desde o final do ano passado, fora das precisiveis: Elio Martins (PSC) e Zé Nilton  (PMDB), apenas Mirza Prado (PPL) manteve o nome, não antes ter acreditado no fogo de ensaio chamado Marcos Cruz (PSB), que não levou a frente o projeto de voltar a disputar a prefeitura. Mirza (PPL), que é médica veterinária e advogada, terá como vice o médico Mario Pisceta (PTB), não apresentando chapa competitiva para vereadores. 

MENSAGEM:

"Nada do que foi será igual ao que a gente foi um segundo".
- Lulu Santos.
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por Claudomir Tavares  (48), professor da rede municipal de ensino em Pirambu e estadual em Propriá. Escreve aos domingo neste espaço

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