Este mundo em que os poderosos pisam os trabalhadores e nos dizem que
esta é a ordem correta das coisas vai desabar e nascerá uma sociedade
de liberdade em que cada um cooperará voluntariamente por uma vida
melhor". August Spies, mártir de Chicago, condenado à morte por ser uma
das lideranças do 1° de Maio de 1886.
Os capitalistas e seus governos seguem sem descanso a ofensiva contra os trabalhadores e os povos.
As
demissões e a intensificação forçada da exploração, as reduções de
salário e a deterioração das condições de trabalho, a precariedade e a
flexibilização das leis trabalhistas, os planos de austeridade, os
chamados ajustes fiscais, e as grandes injustiças aumentam os lucros dos
monopólios e agravam a situação das massas trabalhadoras.
Hoje,
a miséria golpeia amplas camadas dos trabalhadores que produzem toda a
riqueza social, e o desemprego na juventude tem consequências
dramáticas. Enquanto isso, um punhado de ricos fica ainda mais rico.
As
corruptas classes dominantes reforçam os métodos autoritários e
prepotentes de seus governos, eliminam direitos e as liberdades
democráticas dos trabalhadores e ainda reprimem duramente os protestos
populares para perpetuar seus privilégios e poder.
As
potências imperialistas e capitalistas estão em pé de guerra contra os
interesses da classe operária e dos povos. Se armam e se tornam mais
agressivas para impor a exploração e seu domínio.
O
resultado das guerras e agressões militares é o terror reacionário e
fascista, que é utilizado para refazer mapas de regiões inteiras e
manter as massas no obscurantismo.
No Brasil, os
ataques aos trabalhadores partem também do Congresso Nacional e do
Governo Federal. Exemplos como o Projeto de Lei Complementar (PLC 257),
que ataca os direitos dos servidores públicos, propondo uma dura redução
de direitos como fim das gratificações, demissões, a não contratação de
novos servidores e até o congelamento de salários. Há ainda no Senado, o
PLS 300, antigo PL 4330, que amplia a terceirização para os
trabalhadores, e, se aprovado, irá reduzir o salário dos trabalhadores
em no mínimo 25% e aumentar a precarização nas condições de trabalho. Ao
todo existem 63 Projetos de Lei na Câmara Federal e no Senado que
reduzem direitos dos trabalhadores e ameaçam conquistas históricas das
massas trabalhadoras.
Por isso, neste 1º de Maio, não
devemos nos enganar com falsas promessas de centrais sindicais pelegas.
Devemos homenagear os mártires de Chicago, condenados à morte nos
Estados Unidos por organizarem uma greve pela redução da jornada de
trabalho, e todos os trabalhadores que deram suas vidas por um mundo e
um Brasil sem exploração do homem pelo homem. Vamos ocupar às ruas e
bairros com nossas bandeiras, realizar reuniões e assembleias para
organizar nossas lutas e avançarmos nas conquistas de nossos direitos. A
libertação de nossa classe só acontecerá com a nossa união e
organização.
Nessa situação, que demonstra que o
capitalismo é incompatível com os interesses da classe operária e dos
povos, convocamos os lutadores e lutadoras a celebrar este 1º de Maio
reforçando a unidade e solidariedade de classe, para criar a luta comum
na frente única de todos os trabalhadores contra a ofensiva do capital, o
retrocesso, a política de guerra imperialista e o terror fascista.
Chamamos a classe operária a confiar em sua enorme força e fortalecer a
sua unidade e luta em cada país e em todo o mundo.
Estendamos
e intensifiquemos a luta contra a exploração capitalista e os ataques
dos patrões, favorecidos por seus cúmplices oportunistas, e pela defesa
intransigente dos interesses políticos e econômicos da classe operária e
suas organizações, e também para que as classes dominantes assumam a
responsabilidade pela crise que criaram.
Estendamos e
intensifiquemos a luta contra a reação burguesa em todas suas formas,
levantemos a bandeira das liberdades e dos direitos da classe operária e
das massas populares ameaçadas pela burguesia e as forças reacionárias e
fascistas.
Estendamos e intensifiquemos a luta contra a
guerra de rapina, as intervenções imperialistas, contra o rearmamento e
as medidas de militarização aplicadas pelos governos burgueses.
Unamos
e fortaleçamos em cada país as organizações da classe operária contra a
burguesia para romper a cadeia capitalista-imperialista e edificar a
nova sociedade sem exploração do homem pelo homem, a sociedade
socialista.
Viva o 1º de Maio, dia internacional de solidariedade aos trabalhadores!
Abaixo a exploração capitalista! Pelo poder popular e pelo socialismo!
Proletários de todos os países, uni-vos!
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML)
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fonte: http://averdade.org.br/2016/04/operarios-e-trabalhadores-de-todos-os-paises/