A situação política e econômica é preocupante. Ainda que grave, a
crise é também uma oportunidade para a burguesia monopolista realizar
contrarreformas que em outros momentos seriam mais difíceis. A
privatização dos serviços públicos e a retirada de direitos trabalhistas
são demandas já colocadas pelo empresariado brasileiro para o próximo
período, independentemente do resultado do processo de impeachment.
Essa agenda já vinha sendo atendida pelo governo do PT. Vide as MPs
664 e 665, o anúncio de reforma da previdência, etc. Porém, o patronato
quer mais rapidez. Por isso o engajamento da FIESP, por exemplo, no
pedido de cassação de Dilma.
O apetite burguês não para por aí. Como existe muito capital
acumulado nos cofres do sistema financeiro, aguardando oportunidades
lucrativas de investimento, a bola da vez é a mercantilização da saúde,
educação e outras necessidades básicas. Nesse sentido, a precarização
deliberada de serviços essenciais visa abrir as portas para o setor
privado.
A ofensiva do capital sobre o trabalho se aproveita do caminho aberto
pelo sindicalismo conciliador, que em troca de migalhas adotou a defesa
incondicional do governo, em prejuízo da luta autônoma dos
trabalhadores. Buscando proteger Dilma da turbulência oriunda da adoção
de medidas impopulares, foram aceitando acordos coletivos rebaixados e
exaltando políticas compensatórias como grandes conquistas para a
classe.
Com essa política de amoldamento à ordem, os sindicalistas de
parceria conflitiva, como se autointitulam os burocratas, foram trocando
ganhos reais por participação em lucros e resultados (PLR). Em vez de
colocar a classe em movimento para defender seus direitos e conquistas
históricas, capitularam à lógica desavergonhada das demissões
voluntárias, redução de salários, além da perda de outras importantes
cláusulas sociais obtidas através de muita luta.
Ainda que a atual conjuntura seja adversa à classe trabalhadora, em
função da passividade estimulada pelo sindicalismo chapa branca e da
submissão inerente à conciliação governista, também surgem
possibilidades de contraofensiva para a militância classista dialogar
com as bases de todas as categorias profissionais, numa perspectiva de
reorganização de resistência e autodefesa de seus direitos.
Assim sendo, a UNIDADE CLASSISTA propõe a construção de um
bloco de forças sindicais e populares que assumam a tarefa de organizar a
classe para coletivamente: exigir investimentos públicos em saúde,
educação, saneamento básico, moradias populares, mobilidade urbana; mais
empregos e melhores salários; enfrentar as demissões imotivadas; ocupar
as unidades de produção falidas e complexos habitacionais erguidos com
as reservas do FGTS para servir à especulação imobiliária, construindo
espaços de autonomia e exigindo a injeção de fundos orçamentários do
Estado, cuja maior fatia (73%) tem sua origem nos impostos pagos por
quem ganha até 3 salários-mínimos.
Com esta perspectiva a UNIDADE CLASSISTA conclama as organizações classistas consequentes a se unirem na construção de um 1º DE MAIO
de massa, convocado desde locais de trabalho e moradia para
manifestações nas capitais dos estados, dando uma demonstração da
disposição da classe trabalhadora para enfrentar o projeto de
contrarreforma do estado e o ataque aos seus direitos históricos.
Com esta perspectiva a UNIDADE CLASSISTA conclama as organizações classistas consequentes a se unirem na construção de um 1º DE MAIO
de massa, convocado desde locais de trabalho e moradia para
manifestações nas capitais dos estados, dando uma demonstração da
disposição da classe trabalhadora para enfrentar o projeto de
contrarreforma do estado e o ataque aos seus direitos históricos.
Rumo ao Encontro Nacional da Classe Trabalhadora – ENCLAT.
Defender direitos e na luta ampliar conquistas!
csunidadeclassista.blogspot.com