Cabe destacar, que a tônica do momento é por cortar gastos sociais do Estado, por inovações tecnológicas em ritmo acelerado e por profissionais polivalentes com salários cada vez menores e condições de trabalho cada vez mais precárias, sendo que o congelamento do pensamento crítico é uma arma fundamental para tal. Em outras palavras, a proposta de integrar (político, social e economicamente) os indivíduos, a partir da educação, na sociedade, transformou-se num interesse de formar profissionais flexíveis capazes de trabalhar em condições indignas de trabalho ou, em grande parte, formar profissionais para o desemprego.
A extinção gradual da extensão e pesquisa é uma realidade nas universidades brasileiras. A abertura de cursos de maneira precária, através da implantação verticalizada de programas do governo, e o incentivo das parcerias público-privadas com a cessão gradual da estrutura pública para empresas terceirizadas e/ou públicas de caráter privado, desenha um cenário onde os anseios e as angustias da classe trabalhadora, na qual se encaixam as populações mais pauperizadas, não sejam sequer debatidas no ambiente universitário. Não há também, debates para amenizar (veja lá superar) as desigualdades sociais e outros problemas sociais que afligem a população sergipana. De modo que, a universidade produz conhecimento que é praticamente alheio a nossa população e as nossas necessidades.
Outro ponto fundamental de levantarmos é que no projeto universitário em percurso nas IES (instituições de ensino superior) há o sucessivo subfinanciamento da educação pública afetando diretamente nas políticas de assistência estudantil e as demais bolsas. Como os governos anteriores, governo federal vem precarizando cada vez mais a educação, agravando-se nos últimos dois anos com os sucessivos cortes orçamentários no setor que já chega a uma cifra de mais de 15 bilhões de reais, para pagar juros da imoral e ilegal dívida pública. Além disso, a atual gestão da reitoria não dialoga com a comunidade acadêmica, não debate os problemas da universidade e blinda o governo quando não aponta que a educação pública está em crise.
Como resultado disso, houve o atraso de diversas modalidades de bolsas estudantis, incluindo a bolsa residência, de forma que vários alunos correram risco de despejo devido ao não pagamento do aluguel. Sabemos que a única saída para as/os estudantes é a luta, por isso vários bolsistas e solidárias(os) ao movimento se organizaram e ocuparam a Reitoria, exigindo o pagamento imediato das bolsas, dentre outras pautas.
A ocupação foi vitoriosa, resultando na assinatura, por parte do Reitor, da carta de reinvindicação em sua totalidade. Mas a luta não acabou!
É necessário garantir a efetivação dos compromissos firmados e obter mais conquistas!
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