_Assim como os demais carnavais de Sergipe, em Pirambu resumia-se ao mela-mela com maizena, pó e farinha de trigo._
A história do Carnaval de Pirambu rende algumas das mais belas páginas da trajetória das festas populares em Sergipe e evoluiu dos antigos entrudos muito comum em nosso estado e que de resto, apenas um povoado, entre Aguada (Carmópolis) e Pinga-Fogo (Genaral Maynard) como testemunho desta manifestação cultural.
Até o início dos anos 80 do século passado, sua manifestação resumia-se ao mela-mela de pessoas com maizena, pó, e farinha de trigo. Machinhas de carnaval e músicas do gênero eram ouvidos em rádios de pilha e “radiolas/vitrolas”, posteriormente em toca-fitas cassetes, adquiridas em Aracaju e cidades da região, como Japaratuba, Carmópolis, Capela e Maruim.
■ Os bailes
Os bailes de carnaval, esporádicos, eram realizados no único ponto de encontro da juventude da virada dos anos 70 para 80, o “Bar Pirambu”, pertencente ao senhor Adalberto dos Santos, ex-vereador e ex-vice-prefeito do município (pai de Betinho, Vigilinho e Lia do Sesp). Luzes escuras e globos giratórios completavam o cenário que atraia pessoas de Pirambu, cidades e povoados próximos.
■ As bandas
As “prévias” do carnaval (se é que assim poderiam ser chamada) eram os bailes da Festa de Nossa Senhora de Lourdes, realizado na antiga “Loja de Juarez” (localizada na esquina da Avenida Agostinho Trindade com Praça da Matriz. Os bailes naquele espaço, animados por Embalo D (Nossa Senhora das Dores), Los Guaranys (Lagqarto) e até Tuaregues (João Pessoa/PB), eram realizados uma vez por ano, por ser o único espaço que comportava o público visitante.
■ Os Veranistas
Pelo dia os “foliões”, muitos dos quais veranistas, espécie de turistas que possuíam casas de praia na Avenida Agostinho Trindade, Atalainha (Rua Propriá) e Avenida Beira Mar, “invadiam” literalmente nossa cidade durante os meses de dezembro a fevereiro onde passavam as férias, se concentravam no Bar Garcia (atual Beira Rio) e nos bares localizados na etapa histórica da nossa praia, onde encontra-se atualmente o Tubarão da Praia, último de um conjunto de bares que aos poucos vão sendo levados ao esquecimento e abandono.
■ A Palhoça
A partir de 1985 era inaugurada “A Palhoça”, empreendimento pertencente ao senhor José Aloísio Prado (Seu Lulu), local onde atualmente está o MM Nunes, mas que no passado reunia aos sábados pela noite e domingo pela tarde os jovens em momentos de lazer, que dançavam ao som de bandas como Estação da Luz ou as Discotecas como Interprise e Gere Som (Irany).
Continua..
por ClaudOmir Tavares
Nota:
(1) Publicado em 04/02/2012 no portal Tribuna da Praia.
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