O governo exonerou 10 dos 12 ministros que também são deputados e fazem
parte do primeiro escalão do governo para que eles possam participar da votação
da denúncia contra o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira (2). As
exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União.
Foram exonerados os seguintes ministros:
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Antonio Imbassahy (PSDB-BA), da Secretaria de Governo;
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Bruno Araújo (PSDB-PE), das Cidades;
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Fernando Coelho Filho (PSB-PE), de Minas e Energia;
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Leonardo Picciani (PMDB-RJ), do Esporte;
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Marx Beltrão (PMDB-AL), do Turismo;
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Maurício Quintella (PR-AL), dos Transportes;
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Mendonça Filho (DEM-PE), da Educação;
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Osmar Terra (PMDB-RS), do Desenvolvimento Social;
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Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho;
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Sarney Filho (PV-MA), do Meio Ambiente.
Não foram publicadas as exonerações dos ministros da Saúde, Ricardo
Barros, e da Defesa, Raul Jungmann, que é suplente e está envolvido nas
operações de segurança no Rio de Janeiro.
O objetivo é garantir mais votos a Temer para barrar a denúncia. Após a
votação, eles reassumirão as cadeiras na Esplanada dos Ministérios.
O chefe da Casa Civil confirmou a repórteres na terça-feira que
11 dos 12 ministros de Temer que estão licenciados do mandato de deputado
federal irão retornar à Câmara nesta quarta para tentar barrar a denúncia. No
entanto, o nome de Barros não aparece na lista do "Diário Oficial".
Padilha explicou à imprensa que Jungmann não seria exonerado
temporariamente do governo para retornar à Câmara porque está no Rio
"cumprindo uma missão especial”.
“O simbolismo da votação se reveste também da participação dos ministros
no plenário, fazendo as conversas que normalmente se faz, e também exercitando
o direito ao voto”, ressaltou o chefe da Casa Civil.
A denúncia
Temer foi denunciado por corrupção passiva pela Procuradoria Geral da
República. A acusação do procurador-geral Rodrigo Janot leva em conta os fatos
descritos na delação dos donos e executivos da J&F – o grupo controla o
frigorífico JBS.
A Câmara precisa autorizar o Supremo Tribunal Federal a avaliar a
denúncia. Esta autorização depende dos votos de, ao menos, 342 dos 513
deputados. O governo articula para impedir a oposição de alcançar essa marca.
Nos cálculos do governo, a volta de ministros à Câmara tira, ao menos,
três votos da oposição e resolve a dúvida sobre outros três indecisos. A
estratégia serve também para que o Planalto demonstre unidade no plenário.
Reforma trabalhista
O presidente Michel recorreu ao mesmo expediente de exonerar ministros temporariamente
para conseguir votos em abril. Mendonça Filho, Bruno Araújo e
Fernando Bezerra Coelho Filho foram exonerados para votar a favor da reforma
trabalhista.
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G1 Globo.com
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