Demissão de
terceirizados, contas de luz acumuladas e obras de expansão paradas por
falta
de verba. Segundo reitores, esse é o cenário da maioria das universidades
federais do
país, mesmo cortando despesas, diante da redução dos repasses pelo
governo. Depois da
PEC do teto, verba deve ser ainda mais apertada em 2018.
Professores temem sucateamen
to e até fechamento de vagas.
Universidade Federal de Sergipe-UFS
As universidades federais já acenderam o sinal de alerta: a
verba disponível para manutenção é suficiente para pagar as contas somente até
setembro. Os reitores das instituições de ensino superior avisam que a partir
de outubro não vão ter mais dinheiro para arcar com as despesas.
O corte no orçamento para
custeio das universidades foi de quase 7% este ano. Considerando a inflação do
período, a verba é quase 13% menor. A estimativa é de que em 2017, o governo
libere pouco mais de R$ 3 bilhões para as 63 instituições do país pagarem
contas de água, de luz, salário de terceirizados, obras
e bolsas de assistência
estudantil.
Como o orçamento está
menor, os reitores estão cortando despesas. Em junho, a Universidade
de
Brasília demitiu 175 terceirizados, entre porteiros, recepcionistas e
trabalhadores da área
de manutenção. Na Universidade Federal de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, os cortes
começaram em abril. Desde então, mais de 180
trabalhadores foram mandados embora.
Os estudantes que dependem
de bolsa pra frequentar a universidade também sentem na pele.
O professor
Cláudio Ribeiro, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior,
diz que o Programa Nacional de Assistência Estudantil foi um dos que
mais sofreram com os cortes.
"A universidade se vê
diante de uma escolha, como se fosse a escolha de Sofia: vai pagar os
salários
dos terceirizados ou pagar a bolsa do estudante? Ou pagar energia elétrica? Não
podia ser
uma escolha. A gente tem que pagar isso tudo dando condições reais de
funcionamento
das instituições."
O presidente da comissão
de orçamento da associação de reitores, professor Orlando do Amaral,
está
preocupado com a precarização das universidades, já que depois da PEC do teto
não há
previsão de maiores investimentos:
"Temos um orçamento
deste ano que é insuficiente, que é menor do que do ano passado. Corrigi-lo
pela inflação sem recuperar as perdas dos últimos anos absolutamente não vai
resolver o problema
em 2018. É totalmente insuficiente."
Atividades de pesquisa,
laboratórios e até os cursos de mestrado e de doutorado estão ameaça
dos.
Associações de professores preocupadas com o futuro das universidades lançaram
o movi
mento 'Conhecimento sem cortes', que monitora as tesouradas no orçamento
das federais.
Eles calculam que de 2015
pra cá, a verba para produção de conhecimento, que inclui universida
des,
pós-graduação e ministério de ciência e tecnologia, sofreu corte de 50%. O
Ministério da Educa
ção diz que as universidades foram atingidas porque precisam
contribuir com o esforço de reduzir
o rombo nas contas da União, já que a pasta
sofreu um corte de R$ 3,6 bilhões
com o contingenciamento deste ano.
O MEC
afirma que a educação é uma das prioridades do governo e que assim que o
cenário
econômico melhorar, vai negociar a recuperação do orçamento das
universidades.
_________
Por redação-CBN
Demissão de
terceirizados, contas de luz acumuladas e obras de expansão paradas por
falta de verba. Segundo reitores, esse é o cenário da maioria das universidades federais do
país, mesmo cortando despesas, diante da redução dos repasses pelo governo. Depois da
PEC do teto, verba deve ser ainda mais apertada em 2018. Professores temem sucateamen
to e até fechamento de vagas.
falta de verba. Segundo reitores, esse é o cenário da maioria das universidades federais do
país, mesmo cortando despesas, diante da redução dos repasses pelo governo. Depois da
PEC do teto, verba deve ser ainda mais apertada em 2018. Professores temem sucateamen
to e até fechamento de vagas.
Universidade Federal de Sergipe-UFS |
As universidades federais já acenderam o sinal de alerta: a
verba disponível para manutenção é suficiente para pagar as contas somente até
setembro. Os reitores das instituições de ensino superior avisam que a partir
de outubro não vão ter mais dinheiro para arcar com as despesas.
O corte no orçamento para
custeio das universidades foi de quase 7% este ano. Considerando a inflação do
período, a verba é quase 13% menor. A estimativa é de que em 2017, o governo
libere pouco mais de R$ 3 bilhões para as 63 instituições do país pagarem
contas de água, de luz, salário de terceirizados, obras
e bolsas de assistência estudantil.
e bolsas de assistência estudantil.
Como o orçamento está
menor, os reitores estão cortando despesas. Em junho, a Universidade
de Brasília demitiu 175 terceirizados, entre porteiros, recepcionistas e trabalhadores da área
de manutenção. Na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, os cortes
começaram em abril. Desde então, mais de 180 trabalhadores foram mandados embora.
de Brasília demitiu 175 terceirizados, entre porteiros, recepcionistas e trabalhadores da área
de manutenção. Na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, os cortes
começaram em abril. Desde então, mais de 180 trabalhadores foram mandados embora.
Os estudantes que dependem
de bolsa pra frequentar a universidade também sentem na pele.
O professor Cláudio Ribeiro, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior,
diz que o Programa Nacional de Assistência Estudantil foi um dos que mais sofreram com os cortes.
O professor Cláudio Ribeiro, do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior,
diz que o Programa Nacional de Assistência Estudantil foi um dos que mais sofreram com os cortes.
"A universidade se vê
diante de uma escolha, como se fosse a escolha de Sofia: vai pagar os
salários dos terceirizados ou pagar a bolsa do estudante? Ou pagar energia elétrica? Não podia ser
uma escolha. A gente tem que pagar isso tudo dando condições reais de funcionamento
das instituições."
salários dos terceirizados ou pagar a bolsa do estudante? Ou pagar energia elétrica? Não podia ser
uma escolha. A gente tem que pagar isso tudo dando condições reais de funcionamento
das instituições."
O presidente da comissão
de orçamento da associação de reitores, professor Orlando do Amaral,
está preocupado com a precarização das universidades, já que depois da PEC do teto não há
previsão de maiores investimentos:
está preocupado com a precarização das universidades, já que depois da PEC do teto não há
previsão de maiores investimentos:
"Temos um orçamento
deste ano que é insuficiente, que é menor do que do ano passado. Corrigi-lo
pela inflação sem recuperar as perdas dos últimos anos absolutamente não vai resolver o problema
em 2018. É totalmente insuficiente."
pela inflação sem recuperar as perdas dos últimos anos absolutamente não vai resolver o problema
em 2018. É totalmente insuficiente."
Atividades de pesquisa,
laboratórios e até os cursos de mestrado e de doutorado estão ameaça
dos. Associações de professores preocupadas com o futuro das universidades lançaram o movi
mento 'Conhecimento sem cortes', que monitora as tesouradas no orçamento das federais.
dos. Associações de professores preocupadas com o futuro das universidades lançaram o movi
mento 'Conhecimento sem cortes', que monitora as tesouradas no orçamento das federais.
Eles calculam que de 2015
pra cá, a verba para produção de conhecimento, que inclui universida
des, pós-graduação e ministério de ciência e tecnologia, sofreu corte de 50%. O Ministério da Educa
ção diz que as universidades foram atingidas porque precisam contribuir com o esforço de reduzir
o rombo nas contas da União, já que a pasta sofreu um corte de R$ 3,6 bilhões
com o contingenciamento deste ano.
des, pós-graduação e ministério de ciência e tecnologia, sofreu corte de 50%. O Ministério da Educa
ção diz que as universidades foram atingidas porque precisam contribuir com o esforço de reduzir
o rombo nas contas da União, já que a pasta sofreu um corte de R$ 3,6 bilhões
com o contingenciamento deste ano.
O MEC
afirma que a educação é uma das prioridades do governo e que assim que o
cenário
econômico melhorar, vai negociar a recuperação do orçamento das universidades.
econômico melhorar, vai negociar a recuperação do orçamento das universidades.
_________
Por redação-CBN
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