Na última quinta-feira, 28, a Polícia Militar do Rio de Janeiro
tentou invadir a sede do PCB, onde estava programado para acontecer um
debate sobre a “Desmilitarização da Segurança Pública”. A justificativa
da PM era de que cumpriam ordens superiores de monitoramento de
“manifestação” e que aquela atividade não seria a única a ser
monitorada. Após mediação do advogado Marcelo Chalreo, presidente da
comissão de direitos humanos da OAB-RJ, a atividade transcorreu
normalmente.
Às vésperas do início das Olímpiadas, a polícia e os governos
aprofundam a repressão e perseguição aos movimentos sociais e partidos
de esquerda. Repudiamos esse ataque à sede do PCB e essas atividades de
monitoramento da PM, que busca criminalizar ainda mais as lutas sociais,
assim como já faz com a juventude pobre e negra nos morros e favelas.
Reproduzimos abaixo a nota de repúdio do PCB, originalmente publicada aqui:
Lutar não é crime!
(Nota de repúdio do PCB ao monitoramento da PM-RJ a atividades políticas)
O PCB vem a público repudiar o monitoramento ostensivo às atividades
políticas, por parte da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ontem, dia 28
de Julho, o PCB organizava um importante debate sobre “Desmilitarização
da Segurança Pública”, com a presença de muitos jovens, intelectuais,
militantes do movimento negro, feminista e de favelas. Logo no início,
houve a tentativa de invasão à nossa sede nacional pela PM-RJ. Os
policiais justificaram sua presença para cumprirem ordens superiores de
monitoramento de “manifestação”. Além disso, afirmaram que nosso evento
não era o único monitorado.
A entrada da PM no debate foi inviabilizada graças ao diálogo e à
intervenção do advogado Marcelo Chalreo, presidente da comissão de
direitos humanos da OAB-RJ. Felizmente, a atividade transcorreu com
tranquilidade e grande êxito.
Denunciamos que o monitoramento e a repressão aos movimentos
populares e partidos de esquerda serão cada vez mais constantes, tendo
em vista a conjuntura de ataques dos vários governos burgueses a
direitos trabalhistas, sociais e democráticos da classe trabalhadora. No
caso do Rio de Janeiro, em nome da realização dos jogos olímpicos,
aprofunda-se a seletividade do dito Estado Democrático de Direito.
Nesse sentido, o ataque à sede do PCB não é restrito apenas ao
partido. A criminalização da pobreza e dos movimentos populares afetam a
vida cotidiana de milhares de mulheres e homens da classe trabalhadora
em todo o nosso país. É urgente a mais ampla unidade dos setores
democráticos e de esquerda contra a ofensiva conservadora capitaneada
pela burguesia e seus governos.
Unidade dos que lutam!
Em defesa dos direitos dos trabalhadores!
Pelo Poder Popular!
http://esquerdadiario.com.br/PM-invade-sede-do-PCB-em-atividade-sobre-a-desmilitarizacao-da-policia