O peso da presença que um Governador do Estado traz a decisão das campanhas municipais não é nenhuma novidade, e em Pirambu não é diferente
Apesar das poucas migalhas revertidas em obras e impeleitas inacabadas que sua gestão trouxe em beneficio a Pirambu, viver à sombra dos passos que essa figura vez ou outra faz na cidade se tornou uma obrigação quase escrava para os futuros candidatos á prefeitura de Pirambu que, daqui e dali, vivem procurando um flagrante ao lado do Governador.
Basta uma foto, aliás, qualquer meio de aproximação serve para convencer os eleitores que será o escolhido pelo “Todo Poderoso”. Sua escolha causará ciúmes, descontentamentos e até desalentos mesmo aos mais populares políticos da cidade. Dessa forma, parte da oposição política em Pirambu segue desesperada ora tramando pesquisas de intenções de votos, ora se alindo a grupos que provavelmente ficará de escanteio sem nenhum ressentimento por parte do Governador
Todo esse chamego se deu pelo expressivo apoio que os pirambuense confiaram ao Governador com mais de 62% de votos válidos. Apesar de ter vencido a eleição em Pirambu, o Governador não deveria ser a principal fonte de apoio almejada pelos pré - candidatos a prefeito da cidade, já que esse nunca representou uma fonte de apoio ao povo de Pirambu, que por sua infeliz vez, sempre foi escravo dos acordos políticos feito pelos gestores que condicionam apoio e verbas somente aos aliados..
Tal como os candidatos, o povo também é marionete dessas decisões, e mesmo assim, todo ano acredita nas promessas de Trancoso. E por falar em promessas, quais serão as propostas da vez? Muitos nem se quer preocupam-se com isso, se fortificam dos boatos e, em levar o tempo digladiando entre os demais candidatos. Esses, se valem historicamente da difamação, e da famosa política rasteira, uma prática audaciosa e moralmente condenável. São poucos aqueles que almejam mudança.
Dessa forma, a irrestrita dependência da escolha que fará o Governador no próximo dia 28, nos faz rememorar épocas passadas em que o senhor do engenho apontava os coronéis. Séculos se passaram, e ainda não aprendemos a nos libertar das formas arcaicas da política brasileira. Sendo assim, o que poderá vir de “NOVO”, se o “NOVO” já nasce “VELHO”?
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por Jéssica Feitosa. estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Sergipe, membro do Fórum Poder Popular e Secretária Política do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Pirambu/SE