sexta-feira, 20 de maio de 2016

ANDRÉ MOURA: Escolha de um Ficha Suja para líder do governo é um "estupro" na vida política nacional.

Alçado ao comando do país por um golpe parlamentar, Michel Temer caminha para o abismo.

O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB/SP) está fadado a terminar literalmente antes dos 15 minutos do primeiro tempo. As medidas do novo governo que já nasce velho, vão no sentido da catástrofe e para ilustrar, aqui vão três (de tantas) situações sintomáticas, a saber: a "autonomia" do Banco Central, a extinção do Ministério da Cultura e o aceita e nomeação do líder na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC/SE).

■ Autonomia do Banco Central

Diferente do que alguns - por ignorância ou má fé - estão defendendo de forma insandecidamente, a proposta de "autonomia" do Banco Central será a transferência desta instituição e suas prerrogativas aos banqueiros do sistema financeiro nacional, que cada vez mais visam os lucros exorbitantes dos bancos privados como Itaú e Bradesco e impedirão investimentos sociais, por exemplo dos bancos públicos como Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste e a privatização, de outros como o Banese - um herói da resistência.

■ Extinção do Ministério da Cultura

A extinção do Ministério da Cultura é um "tiro" no coração do simbolismo nacional e um acinte a cultura brasileira. Um país que prescinde da política cultural perde definitivamente sua condição de nação. Isso pode gerar uma espécie de corrente com a receita sendo seguida por governos de estados e prefeitos de municípios em todo país que são artífices em copiar os maus exemplos.

■ Líder do Governo
No campo político, a nomeação do deputado federal (Ficha Suja) André Moura (PSC/SE) para líder do governo na Câmara, foi literalmente um "estupro" na vida política nacional. André é alvo da Operação Lava Jato, suspeito de tentativa de assassinato e réu em três ações no STF, entre outtos predicados que depõem contra este ilegítimo governo.

■ O início do fim

Pelo que se visualiza nesta primeira semana do fatídico governo Temer, acredita-se que o mesmo não resistirá a pressão das ruas, cuja resistência se fará crescente, podendo não chegar aos 180 dias previstos pelas suas próprias contradições que levará a implosão política. Pela leitura inicial, não temos dúvidas de que aquilo que estava ruim com a presidente, está ficando pior com o vice-presidente e lamentamos dizer que,  mesmo com a antecipação das eleições, o quadro que se vislumbra não é alentado.  Lamentável!
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por Claudomir Tavares
claudomir21@gmail.com