A maioria dos gestores municipais alega dificuldades
financeiras para honrar os compromissos com o pagamento dos proventos
aos servidores legitimamente admitidos pelo democrático expediente do
concurso público.
Todos os municípios brasileiros, sem exceção, tem receitas
compatíveis com suas populações e dentro dessa proporcionalidade aos
funcionários públicos indispensáveis ao funcionamento do poder público
para que este cumpra sua função social constitucional.
Ocorre que os prefeitos, invariavelmente, formam
verdadeiros exércitos de cc's, promovendo a farra dos cargos
comissionados. E para honrar o compromisso com este exército de
apadrinhados políticos e potenciais cabos eleitorais, sacrificam os
salários dos que não devem a cabeça ao chefe do Poder Executivo,
atrasando e fatiando os salários, para ficar dentro de limites
prudênciais e da lei de responsabilidade fiscal.
É inadmissível que, mesmo com a existência de leis que preveem o ingresso e permanência no serviço público exclusivamente
através da habilitação em concurso público, ainda se adentrem nas
prefeituras tantos "funcionários" pelas portas dos fundos,
desprofissionalizando os serviços que devem ser prestados à sociedade.
Da mesma forma, nos causam estranheza que o Ministério
Público e o Poder Judiciário, guardiões da Constituição Federal e de
demais conjunto de leis dela derivados, não tenham tomado as medidas
para coibir tamanho apunhalamento nas costas do Brasil.
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por Claudomir Tavares
claudomir21@gmail.com - Tribuna da Praia ©2016.
É permitida a reprodução, desde que citada à fonte.
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