terça-feira, 30 de outubro de 2018

Eleições no Brasil: sinalizações as relações internacionais e a forte divisão política nacional



A eleição no Brasil foi acompanhada por quase todo o mundo. Em vários cantos de cada país, as eleições chamava a atenção pelos tipos de manifestações e discussões reflexivas sobre  processos políticos e históricos que o Brasil poderia passar ou até repetir já que eram identificados  no conjunto de ideias  e propostas apresentadas e declaradas pelo  candidato a presidente do PSL eleito, Jair  Bolsonaro.

 As mensagens passadas pelo mundo ao Brasil sobre a campanha polêmica de Bolsonaro eram de alerta sobre o fim do governo democrático no país  e a repetição dos erros  em eleger  mesmo que de forma democrática  um candidato que poderia instaurar novamente no Brasil um processo ditatorial de forma legítima porque estava sendo introduzido no corpo da Democracia, substancialmente despercebido e portanto aplicado de forma "aceitável" pela maioria  da população Brasileira. 

Os olhos do mundo voltado para as eleições do Brasil não eram somente por brasileiros que conviviam por lá, mas também,  por grupos  políticos e sociais estrangeiros que consideravam a conjuntura política brasileira  perigosa, comparando-a a momentos histórico-político  sombrio em que viveu essas nações, a exemplo dos Alemães que se pronunciaram através de  vídeo aulas com lousa e giz aos Brasileiros sobre o Nazismo  de Hittler que perseguiu e devastou o mundo durante anos com discursos de ódio e  morte. A Alemanha explicou também que nazismo-fascismo nasceu da extrema Direita do país contra a expansão da ideologia esquerdista e social no mundo.

Por outro lado, havia também o sentimento da direita sobre o antipetismo e de mudança política,  que também foi manifestado e discutido em todo o mundo, muitos inclusive pediam a volta da  ditadura militar empresarial no Brasil, que governou de forma ilegítima após um golpe de Estado em 1964 a 1985.
Ao final das eleições, já no segundo turno, o Brasil já estava totalmente dividido, e não era somente sobre dois grupos políticos. Muitas coisas estavam em jogo naquele processo longo e decisivo. As pessoas entendiam e até sabiam o que iriam perder ou ganhar caso Fernando HADDAD (PT) ou Jair BOLSONARO (PSL) vencesse as eleições.

 Diversos discursos foram lançados sobre o fim da corrupção, da Democracia, e a perda dos direitos conquistados, do fim da violência e da paz, advindas dos eleitores que faziam os dois grupos políticos. O resultado das urnas trouxe comemorações e bastantes indignações pelo Brasil e pelo mundo, a pergunta ao presidente eleito sobre o que fazer para unificar a população não veio acompanhada de uma resposta firme ou resolutiva, além do discurso fortemente religioso, simplista e desanimador para se assumir um cargo de presidente da república de um país foi muito preocupante e bastante criticado por vários jornalistas brasileiros e internacionais.

Durante sua campanha política o presidente eleito Jair Bolsonaro havia feito diversas declarações sobre as  relações internacionais do País e sua participação e sem blocos econômicos onde diversas vezes afirmou sua retirada do Mercosul alegando improdutividade  das relações econômicas e acordos não firmados por terem sido afetados por questões políticas influenciáveis . Bolsonaro deixou claro a opção por Relações bilaterais com países simpatizantes ao seu governo e o desacordo as relações com grande parte dos países vizinhos, mas prefere apostar no avanço a novos acordos com países de outros continentes com economias fortes e afim de negociar com o Brasil.

 O candidato eleito também recebeu ligações e parabenizações de alguns chefes de Estado a exemplo de Donald Trump  dos EUA  e Nicolás Maduro da  Venezuela, e, já tem dado algumas sinalizações das possíveis negociações e  implementação das relações bilaterais que será iniciada a partir de janeiro  durante o seu governo. EUA, Colômbia, Chile, Argentina, Israel e França já foram sinalizados sobre essas relações política e econômica.

Ainda não se sabe a exata articulação política no governo de Jair Bolsonaro nem qual será o futuro das relações internacionais através da cooperação mínima e redutiva de relações bilaterais com países favoráveis ao seu governo e se feche a questões políticas contradizendo a sua própria crítica a blocos de integração econômica na América Latina e ao Mercosul.

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 Eliza Feitoza

Comentarista política e internacional do Jornal da Serigy

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