domingo, 17 de junho de 2018

Existe idade certa para os filhos sair da casa dos pais?

Leticia: Por Letícia Kirchnner


Há cerca de um mês, os noticiários surpreenderam o mundo com uma notícia bastante inusitada. Um casal de norte americanos, entraram na justiça para obrigar seu filho de 30 anos a sair de casa, vencendo desta feita a disputa judicial.  A história retratada é do jovem Michael Rotondo, que após ficar desempregado, voltou a conviver com os pais durante 8 anos. Um dos motivos que levaram os pais a terem essa atitude, era justificado pelo fato de Michael, não ajudar com os custos da casa nem com as tarefas domésticas.

Esse assunto nos chama a atenção e coloca em pauta o assunto se de qual seria a melhor idade certa para os filhos sair da casa dos pais. Diferente da cultura brasileira, onde é bastante comum os filhos continuarem na casa dos pais até a fase adulta, e ainda levarem consigo agregados como genros, noras, netos etc; na cultura estadunidense, e em vários outros países, os filhos são incentivados a sair de casa e viver as próprias custas ainda na fase da adolescência. A ideia é que eles tenham sua própria independência. Vejam sua verdadeira essência. 

Foi-se o tempo em que só deixava a casa dos pais após casar. Mais recentemente, com o surgimento do fenômeno da “adolescência tardia” – em que os jovens se mantêm com a família pelo conforto financeiro que ela proporciona e aproveitam a liberdade dada por pais mais flexíveis (como poder levar alguém para dormir em casa, por exemplo). 
Esse comportamento é bastante comum nos jovens da gerações Y e Z, nascidos entre as décadas de 1980 e 1990 respectivamente. Ambas gerações desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica, assim como facilidade material, o que efetivamente contribuiu em ambiente altamente urbanizado e de fácil acesso. 

Com a adolescência tardia, muitos jovens se sentem inseguros em encarar o mundo longe do aconchego do lar. Na maioria dos casos, os jovens que mais representam esses sintomas são os super protegidos pelos pais, e tiveram tudo com muita facilidade. 

Agora é preciso entender, tanto aquele filho que decide  parti, assim como os que decidem ficar. Para isto é preciso fazer um mapeamento de alguns fatores que possibilitam essa atitude. Os que saem, se vêem prontos para uma nova etapa da vida. E a mesma, precisa ser cumprida em sua própria companhia. Há neles uma necessidade de partir e construir seus sonhos. Vivem suas próprias dificuldades e sentem-se prontos para vencer.

Quanto aos que decidem ficar, estão muitas das vezes inseguros quanto ao mundo. Isso se deve muitas vezes as crises de identidade não resolvidas. E, há casos ainda em que os filhos mesmo jovens ainda dependem financeiramente dos pais. Em suma, é preciso esclarecer, que ciclos devem ser finalizados. 

Chega um tempo na vida em que os pais não mais mandam nos filhos, mas se tornam apenas consultores deles. Então, o melhor mesmo a fazer é tomar todas as decisões juntos. Dessa forma todos podem sair ganhando.

Um comentário:

  1. Sair de casa é uma ótima oportunidade de viver longe de brigas.������

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