segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Artigo: O desafio da Saúde Pública na Bahia

Pelo seu tamanho, com uma extensão territorial comparável a países do primeiro Mundo e de escalão mundial do ponto de vista cultural, econômico e político como a França e a Espanha, o Estado da Bahia já deveria a alguns anos obedecer a um planejamento diferente do que existe no momento na área da Saúde Pública.

É difícil considerar a prerrogativa de que os baianos para sobreviverem a determinadas situações de doenças e acidentes devem necessariamente se deslocar para a capital baiana. Se a capital fosse no centro da Bahia daria prá entender, mas como não é, muita gente tem que de favores de grupos políticos viajarem até mais de mil quilômetros até os hospitais de Salvador. É tanto tempo nas estradas e rodovias que as estatísticas comprovam que grande parcela vai a óbito antes de chegarem ao seu destino e a sua esperança de vida.

Como os recursos públicos também são limitados então três alternativas deveriam ser consideradas. A primeira delas seria a possibilidade de haver um processo político capaz de sensibilizar a Bancada Baiana no Congresso Nacional para fazer no mínimo um hospital de médio porte nos chamados territórios de Identidade, com recursos das emendas parlamentares carimbadas.

A segunda e mais simples, já que exigiria menos energia política e menos complexidade também política seria o próprio Estado definir regras regionais de atendimento à população, qualificando e melhorando as estruturas municipais, em parcerias com os municípios, com equipamentos e recursos humanos qualificados e bem remunerados, alimentando a ideia de despolitizar a Saúde Pública, já o que temos é uma verdadeira indústria de votos.

A terceira via e mais urgente, prá gente parar de escrever e opinar sobre assuntos que não faz parte de nossa competência seria o Estado da Bahia criar um hospital de grande porte, com toda a estrutura necessária, sem alongamentos e prolixidades desnecessárias no centro do Estado, ou seja, em Seabra. Criando as condições políticas e administrativas para que nenhum grupo político possa coordenar e favorecer seus eleitores de “currais”, bem como criar a estrutura necessária para que quem saia de qualquer região da Bahia não morra pelos caminhos enviesados dos interesses de uns poucos que se orgulham de serem superiores aos outros. Que não morram nas estradas da Bahia por falta de hospitais e atendimento qualificado!

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